quarta-feira, 14 de julho de 2010

O "Efeito" Academia

     Antes que me perguntem o que academia tem em comum com psicologia e por que vou escrever sobre isso hoje, já me adianto em dizer que talvez não tenham em comum seus ambientes, mas literalmente pode-se conseguir grandes benefícios psicológicos advindos desta prática. E por ter presenciado e sentido estes benefícios, estou aqui a falar um pouco sobre isso.
     Três pontos principais: Depressão, Ansiedade e Obesidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (CID-10, 1993) sabe-se que estas patologias podem ser adquiridas de várias formas, ou seja, desde o mau funcionamento do metabolismo, doenças crônicas e como também aquelas que advém do uso de substâncias psicoativas. Não entrando no lado complexo destas, por agora vou falar delas, no sentido de resultantes de um estresse devido ao excesso de trabalho e responsabilidades e ausência quase total de lazer.
     Na correria que o nosso mundo vive hoje, se não tomarmos o devido cuidado com nosso corpo, tanto o físico quanto o mental, podemos perder o fio da meada e quando nos dermos conta, terá se passado muito tempo e talvez já não tenhamos o mesmo pique e a mesma saúde, para nos cuidarmos devidamente por si próprios. Quantas pessoas se arrependem, hoje, de não ter parado de fumar e beber, de ter se alimentado melhor, de ter feito exercícios físicos regularmente, ter se dado um tempo para o lazer e tentado ficar mais calmos. Muitos que não procuraram se cuidar de maneira adequada durante toda a vida, começam a sentir os resultados logo cedo. Primeiro vem as dores, depois vem os remédios para as dores, e o pior não é isso, o pior é quando se toma um remédio para um determinado problema e este mesmo remédio desencadeia um outro problema porque afeta um hormônio ou algo do organismo que possuem uma importante função de regulação.
     Aí se torna um beco sem saída ou um circulo vicioso em torno de remédios e mais remédios, quando o mais simples seria ter seguido algumas recomendações básicas dos médicos como: "Não fume", "Beba com moderação", "Pratique exercícios físicos regularmente", "Tome no mínimo dois litros de água por dia" ou até uma recomendação que recebi por e-mail por estes dias "Coma duas bananas por dia e dispense o médico". O mais engraçado é que eu, não sei se por supertição ou por realmente conhecer as propriedades benéficas que esta fruta possui, mais uma vez, optei por colocar no meu cárdapio mais esta dica. 
     Não acredito e não opto por mudar meus hábitos a partir de tudo que ouço, mas quando se trata do básico, frutas, verduras, legumes, não tem como não aceitar, porque definitivamente enquanto eu puder, eu aceito as frutas e dispenso o médico. Reiterando de que à cada seis meses se deve fazer uma consulta com um clínico geral para ver se tudo continua em perfeitas condições, o ditado continua firme: "Prevenir é (sempre!) melhor do que remediar.
     Sempre é tempo de começar ou até recomeçar. Quando me refiro ao "efeito" academia, estou querendo colocar aqui à vocês, os benefícios concretos que se pode conseguir freqüentando a academia, o tempo mínimo recomendado que é uma hora por dia / três vezes por semana. Não tenho formação alguma em Educação Física, portanto, quero deixar bem claro, que o que escrevo aqui são conclusões minhas resultantes de minha atividade física e do que observo nas pessoas, aí sim, como estudante de psicologia.
     Retomando agora, as patologias que citei acima, primeiramente quero falar sobre a Depressão que em geral é um estado onde o indivíduo sente-se abatido, triste, desanimado. Normalmente, quando a pessoa sente-se ou acredita estar deprimida, a primeira reação desta é ir ao médico. É obvio, que sempre que sentimos que nossa saúde não vai bem, temos de ir ao médico, mas aqui quero colocar que ao lado do alopata, podemos procurar outras formas de recuperação, sem numa situação inicial recorrer apressadamente aos remédios, aqueles que alguns chamam de "pílula da felicidade ou da alegria".
     Quando realizamos qualquer tipo de exercício físico seja ao ar livre ou em uma academia, realizamos algo que não percebemos com o nosso corpo e a nossa mente, e é esse "realizar algo " que não vemos, que está dentro de nós, mais especificamente, dentro das reações que ocorrem dentro de nosso cérebro, é que estão os verdadeiros benefícios. Quando realizamos um treino ou exercício, em nosso cérebro, substâncias são liberadas. De acordo com J. P. J. Pinel (2005, 115 - 128), em seu livro "Biopsicologia", substâncias são liberadas durante a transmissão sináptica, e estas são denominadas neurotransmissores. Existem diferentes tipos de neurotransmissores / neuromoduladores, que são classificados de acordo com a sua natureza química: Aminoácidos, Aminas e Purinas. Mais especificamente, as Aminas, agem como neuromoduladores e se dividem entre os tipos: histamina, serotonina, dopamina, entre ouitras. Estas influenciam diretamente o limiar entre a saúde e a doença no sistema nervoso. 
     Pinel exemplifica que "a maioria das drogas administradas a pacientes com doenças do sistema nervoso age imitando neurotransmissores / neuromoduladores ou bloqueando a capacidade de interação de neurotransmissores / neuromoduladores com seus receptores". Aqui se encontra a grande questão: se exercícios físicos liberam da mesma maneira os neurotransmissores / neuromoduladores durante a transmissão sináptica, por que recorrer a "drogas" para se obter o mesmo resultado? Não quero dizer que não há a necessidade da administração dessas "drogas" por determinados pacientes, cujos casos, já ultrapassaram o limite do "não ir ao médico / não tomar remédios". Há casos e casos e aqui estou colocando sobre casos ainda iniciais que poderiam ter outra opção de reabilitação. 

Continua...



Como diz meu amigo Alexandre Ribeiro:"... o futuro só depende, de cada um de nós, que corre átras de seus objetivos, sem desistir jamais... sempre conquistando algo que possa te dar orgulho de si próprio..."

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